quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Nada mesmo

Na falta do que dizer, o melhor é não dizer nada mesmo...meio por aí caminha meus dias. Por isso a falta de inspiração para escrever.
Porque escrever sobre inconstâncias leva nada a coisa nenhuma. Coisa inútil escrever sobre algo que não vale a pena, né?! Ou sobre o que não se sabe, ou sobre o que não pode ser explicado.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Fábula dos Porcos Assados

Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque… até que descobriram um novo método.
Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: às vezes os animais ficavam queimados demais ou parciamente crus. O processo preocupava muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes – milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assá-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar. Mas, curiosamente, quando mais crescia a escala do processo, tanto mais parecia falhar e tanto maiores eram as perdas causadas.
Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, seminários, conferências passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o nelhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte repetiam-se os congressos, seminários, conferências.
As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda às árvores, excesivamente verdes, ou à umidade da terra, ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas…
As causas eram, como se vê, difíceis de determinar – na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura: maquinário diversificado; indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo – incendiadores que eram também especializados (incediadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc., incendiadores noturnos e diurnos – com especialização e matutino e vespertino – incendiador de verão, de inverno, etc.). Havia especialista também em ventos – os anemotécnicos. Havia um Diretor Geral de Assamento e Alimentação Assada, um Diretor de Técnicas Ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um Administrador Geral de Reflorestamento, uma Comissão de Treinamento Profissional em Porcologia, um Instituto Superior de Cultura e Técnicas Alimentícias (ISCUTA) e o Bureau Orientador de Reforma Igneooperativas.
Havia sido projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação – utilizando-se regiões de baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.
Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia espacialistas entrangeiros estudando a importação das melhores árvores e sementes, fogo mais potente, etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno.
Foram formados professores especializados na construção dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os professores especializados na construção das instalações para porcos; fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as iniversidades que preparavem os professores especializados na cosntrução das instalações para porcos, etc.
As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus, posicionar ventiladores-gigantes em direção oposta à do vento, de forma a direcionar o fogo, etc. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavem de acordo entre si, e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos.
Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso), chamado João Bom-Senso, resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido – bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então sobre uma armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor – e não as chamas – assasse a carne.

Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o Diretor Geral de Assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouví-lo pacientemente, disse-lhe:

- Tudo o que o senhor disse está muito bem, mas não funciona na prática. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?

- Não sei – disse João.

- E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas máquinas purificadores automáticas de ar?

- Não sei.

- E os anemotécnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao país? Vou mandá-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo? Heim?

- Não sei – repetiu João encabulado.

- O senhor percebe agora que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê, que , se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução há muito tempo atrás? O senhor com certeza compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas árvores não dão frutos e nem têm folhas para dar sombra? Vamos, diga-me.

- Não sei, não senhor.

- Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor?

- Sim, parece que sim.- Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosos sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o país?

- Não sei.

- Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos – por exemplo, como melhorar as anemotécnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência), como contruir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o sistema, e não transformá-lo radicalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!

- Realmente, eu estou perplexo! – respondeu João.

- Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia – isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?

João Bom-Senso, coitado, não falou mais um “A”. Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu. Por isso é que até hoje se diz, quando há reuniões de Reforma e Melhoramentos, que falta o Bom-Senso.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Brecha para mudanças?!

Recentemente o Papa Bento XVI permitiu que padres Anglicanos casados possam se tornar sacerdotes Católicos. Para mim isso foi uma evolução e abertura. Ao menos, num primeiro momento. Agora resta ver o desenvolvimento dessa nova idéia...

Lí uma entrevista de um Padre Anglicano que, justamente, era católico, mas se tornou anglicano para poder se casar.

E a parte que mais chamou atenção na fala de Nicola Lo Polito foi essa:

Há diferença entre ser padre com e sem família?
Tenho mulher e dois filhos. Sim, entre agora e antes há uma grande diferença do ponto de vista de ser padre. Como sacerdote anglicano continuo fazendo o que eu fazia como padre católico: administro sacramentos, prego a palavra de Deus, assisto pessoas. Porém agora tenho a grande riqueza de estar ladeado pela família. Isto torna diversa e mais completa a adesão ao ministério pastoral. Agora compartilho a realidade cotidiana do povo, estou mais próximo dos fiéis como marido e padre.


Ficarei atenta às respercusões!

Se quiserem ler o restante da entrevista o link é este:

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=27184

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Será?

Estar louca é algo plenamente possível
Estar lúcida também é.
Mas estar as duas coisas ao mesmo tempo é possível???

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Pensamento

Diante da chuva existe horizonte mesmo que turvo...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A vida que pediu a Deus - Crônica de Martha Medeiros

SE FOSSE FEITA UMA ENQUETE NAS ruas com a pergunta "você tem a vida que pediu a Deus?", a maioria responderia com um sonoro quá quá quá. Lógico que alguém desempregado, doente ou que tenha sido vítima de uma tragédia pessoal não estará muito entusiasmado. Mas mesmo os que teriam motivos para estar - aqueles que possuem emprego, saúde e alguma relação afetiva, que é considerada a tríade da felicidade - também não têm achado muita graça na vida.
O mundo é habitado por pessoas frustradas com o próprio trabalho, pessoas que não estão satisfeitas com o relacionamento que construíram, pessoas saudosas de velhos amores, pessoas que gostariam de estar morando em outro lugar, pessoas que se julgam injustiçadas pelo destino, pessoas que não agüentam mais viver com o dinheiro contado, pessoas que gostariam de ter uma vida social mais agitada, pessoas que prefeririam ter um corpo mais em forma, enfim, os exemplos se amontoam. Se formos espiar pelo buraco da fechadura de cada um, descobriremos que estão todos relativamente bem, mas poderiam estar melhor.
Por que não estão? Ora, a culpa é do governo, do Papa, da sociedade, do capitalismo, da mídia, do inferno zodiacal, dos carboidratos, dos hormônios e demais bodes expiatórios dos nossos infernizantes dilemas. A culpa é de tudo e de todos, menos nossa.
Um amigo meu, psiquiatra, costuma dizer uma frase atordoante. Ele acredita que todas as pessoas possuem a vida que desejam. Podem até não estar satisfeitas, mas vivem exatamente do jeito que acham que devem. Ninguém as força a nada, nem o governo, nem o Papa, nem a mídia. A gente tem a vida que pediu, sim. Se ela não está boa, quem nos impede de buscar outras opções?
Quase subo pelas paredes quando entro neste papo com ele porque respeito muito as fraquezas humanas. Sei como é difícil interromper uma trajetória de anos e arriscar-se no desconhecido. Reconheço os diversos fatores - família, amigos, opinião alheia - que nos conduzem ao acomodamento.
Por outro lado, sei que este meu amigo está certo. Somos os roteiristas da nossa própria história, podemos dar o final que quisermos para nossas cenas. Mas temos que querer de verdade. Querer pra valer. É este o esforço que nos falta.
A mulher que diz que adoraria se separar mas não o faz por causa dos filhos, no fundo não quer se separar. O homem que diz que adoraria ganhar a vida em outra atividade, mas já não é jovem para experimentar, no fundo não quer tentar mais nada.
É lá no fundo que estão as razões verdadeiras que levam as pessoas a mudarem ou a manterem as coisas como estão. É lá no fundo que os desejos e as necessidades se confrontam. Em vez de nos queixarmos, ganharíamos mais se nadássemos até lá embaixo para trazer a verdade à tona. E então deixar de sofrer.


Lendo a crônica transcrita acima me vem à lembrança aquela musica "Depende de Nós..." (é velhinha, mas dentro do contexto vem bem a calhar!) A parte difícil é brotar a força que fomenta as mudanças... A vida é feita de eternas caminhadas, não é mesmo?!

sábado, 26 de setembro de 2009

Emoção

"A emoção é um campo de energia em contínuo estado de transformação."

"Não existe (...) equilíbrio emocional. A emoção passa por inevitáveis ciclos diários. Entretanto, a emoção é mais saudável quanto mais estável ela for e quanto mais perdurarem os sentimentos que alimentam o prazer e a serenidade."

Esses são dois trechos do livro "Treinando a emoção para ser feliz" escrito por Augusto Cury.

O que me chamou mais atenção nesses trechos é o fato e igualar emoção à energia e de não existir equilíbrio emocional...ainda não sei exatamente o que concluir dessas duas afirmações.

Vocês têm alguma idéia?

sábado, 19 de setembro de 2009

Quem morre?*

“Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. (...)"

*Pablo Nerruda

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tempo

"Tempo para nascer, e tempo para morrer;
tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado;
tempo para matar, e tempo para sarar;
tempo para demolir, e tempo para construir;
tempo para chorar, e tempo para rir;
tempo para gemer, e tempo para dançar;
tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las;
tempo para dar abraços, e tempo para apartar-se.
Tempo para procurar, e tempo para perder;
tempo para guardar e tempo para jogar fora;
tempo para rasgar, e tempo para costurar;
tempo para calar, e tempo para falar;
tempo para amar, e tempo para odiar;
tempo para a guerra, e tempo para a paz."

(ecl 3, 2-8)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Reflexão Momentânea

Sempre há momentos. Momentos de alegria, momentos de tristeza, momentos de saudades, momentos memoráveis, momentos absurdos, momentos especiais...
Eles se juntam e formam memórias. Memórias que se sustentam em nossas mentes e nas quais vasculhamos em busca de respostas para os novos momentos...ou então algo semelhante com eles. As vezes encontramos, as vezes não. Mas os momentos e as memórias permanecem. Formando a nossa bagagem...a experiência. Se aprendemos eu não sei. Vivemos.

domingo, 5 de julho de 2009

Uma fresta...

Renovação, é isso que falta. Será que está despontando?
Tomara Deus que sim.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Um pouco de poesia...

Carlos Drummond de Andrade é uma boa pedida no mês dos namorados.

Reflete o amor de maneira poética, mas não sem realismo.

O texto a seguir é lindo e ajuda a esclarecer aqueles que estão em dúvida se já encontraram ou não o amor!!!



Boa leitura!



"Não deixe o amor passar"

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante de sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus, te mandou um presente: o Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.




sábado, 6 de junho de 2009

"E Deus disse não"

Eu pedi a Deus para remover meu orgulho, e Deus disse "não".
Ele disse que não era tarefa Dele, mas que era para eu abrir mão.
Eu pedi a Deus para tornar meu irmão paraplégico em criança normal, e Deus disse "não".
Ele disse que o Espírito é imortal e o corpo é temporário.
Eu pedi a Deus para me dar paciência e Deus disse "não".
Ele disse que a paciência é o subproduto da tribulação e que deveria ser conquistada.
Eu pedi a Deus para me dar felicidade e Deus disse "não".
Ele disse que me dá bençãos, felicidade depende de mim.
Eu pedi a Deus para dividir minha dor com Ele e Deus disse "não"
Ele disse que o sofrimento nos afasta das coisas mundanas e nos deixa mais perto Dele.
Eu pedi a Deus para fazer meu espírito crescer e Deus disse "não".
Ele disse que devo crescer por meus esforços. mas Ele aparará minhas arestas para que eu frutifique.
Eu perguntei a Deus se Ele me amava.
Ele disse "sim", agora e sempre.
Eu pedi a Deus para me ajudar a amar os outros tanto quanto Ele me ama.
E Deus disse: "Ah! Finalmente você entendeu!"
autor desconhecido

domingo, 17 de maio de 2009

Provérbio Indiano

"Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio."

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Alegria é Ele

A felicidade para mim é a presença de Deus. E Ele está dentro de nós. Não é algo externo que deve ser buscado, é algo interno que deve ser resgatado.

Com nossos erros desfiguramos a semelhança Dele em nós e sempre temos que estar tentando chegar novamente à figura original. A mais bondosa, complacente, paciente, amorosa...possível.

É um árduo exercício. Mas um essêncial exercício. O sentido da vida é Deus.

Muitas vezes só apontamos defeitos no mundo, defeitos esses que se originam de nossa condição de finitude. Mas e a perfeição das criaturas? do modo como os organismos funcionam? da natureza que vive se renovando? da beleza da vida e do desenvolvimento dos seres?
não agradecemos nada do que temos (ou se fazemos, recaem agradecimentos sobre um milésimo do que recebemos a cada dia), criticamos tudo e ainda pedimos ajuda de Deus.

O silêncio é a melhor resposta. Vamos exercitá-lo também.

Segue uma música de Gilberto Gil para refletir....

Se Eu Quiser Falar Com Deus

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nadam nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Folga

Esse ano está dos melhores, não acham?!
Mal saímos de um feriado e já vem outro semana que vem!!! :P

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Semana Santa

Estamos na Semana Santa, momento em que recorda-se a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Importante época para também nós renovarmos nossos corações.
Ele morreu por nós e as vezes não nos damos conta do quão significativo é isso.
A figura ao lado é simbólica. Ela não mostra o sofrimento de Jesus apesar de a cruz estar presente, mas sim sua Glória nos céus.
O momento mais importante para os cristãos é justamente este que está em processo.
Nada mais bonito que a Ressurreição.
Feliz Páscoa a todos (as)!!!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Pura fé ou retribuição?

Estou fazendo um curso que desperta inúmeros questionamentos em relação a fé, a atitudes, ao mundo, a sí...
Um dos principais questionamentos do último encontro foi: Você ama a Deus de maneira retributiva??? em outras palavras, você espera algo em troca do amor a Deus ou simplesmente ama?
Difícil respondê-la...pedreira mesmo. Porque, por mais gratuito que seja o amor a Deus será que lá no fundo eu não o faço só buscando minha própria "salvação" ou a tal "vida eterna"? Se eu não tivesse absolutamente nada do que hoje eu tenho, continuaria amando a Deus da mesma forma? ou blasfemaria?
Isso tudo é questionado para estudar o Livro de Jó que afirmou que se Deus dá tudo o que tenho ele também pode tirar. E quando ele diz tudo...é tudo mesmo!
Uma questão para a vida inteira, como disse o professor.
Eu chego (momentâneamente...diga-se) a uma conclusão: mesmo diante dos maiores sofrimentos eu deveria amar a Deus, pois tendo Ele não preciso de mais nada.
Mas, será que se ocorresse a perda de tudo na realidade, minha fé se sustentaria?
Não quero ter essa provação de maneira tão radical....

segunda-feira, 23 de março de 2009

Acordar assim é uma benção

Nada melhor que uma manhã ensolarada e um espírito alegre, não é mesmo??!
Estou me sentindo assim hoje!
MUITA LUZ E ALEGRIA A TODOS (AS)!!!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Coração

"O coração (...) é considerado como sede da inteligência, dos desejos, dos pensamentos, da vontade, da consciência."

Faça do teu cérebro, o coração...terás tudo o que precisa.

segunda-feira, 9 de março de 2009

POESIA...para pensar

ENTRE A FLOR E O PARAFUSO
por Simão Goldman

Lá vão eles
Lá vão eles que somos nós
Marchando às pressas, empurrando
Nadando num mar de ansiedades sem uma triste bússola
Sem tempo para sorrir sem tempo para amar
Apenas tempo para correr

Escravos de outros escravos
Acorrentados por algemas psíquicas
Mais escravos do que os escravos dos navios negreiros
Fiéis vassalos de uma nova ordem que só tem uma ordem
Correr, correr, correr
Atrás de uma recompensa pré-frabricada
Sem tempo para pensar sem tempo para se situar

Neste universo de universos infinitos
Um homem só, sem tempo para parar, só tempo para correr
Um homem só, a correr, a correr, a correr
Entre montanhas de concreto da cidade

Ande, pare, consuma...Ande, pare, consuma...Ande, pare, consuma....
Não há mais tempo para sonhar, não há mais tempo para dormir
E nos sonhos a ansiedade matar
Apenas sinais, sinais, sinais.
Ande...pare...ande...pare...Volkswagen...Coca-cola,www
Anda robô, anda robô
Entre a cultura massificada e rotulada
Tu és feliz, tu és feliz, tu és feliz

Tu vives na era tecnológica mas não tens tempo para sorrir
Não tens tempo para chorar
Apenas tempo para correr
Correr, correr, correr
Fazer parte da coisificação humana
Numa natureza que se transformou
Num amontoado de alavancas, pregos e parafusos
Onde não há lugar para a flor

E passaram-se mil, cinco mil, trinta mil anos
Um dia um homem sereno, traquilo
Leu sobre o século vinte e não acreditou que aquilo existiu
Acariciou a flor que estava ao seu lado
E que tinha o mesmo perfume de sempre
Beijou-a ternamente, sorriu


(Qual é a sua flor? Eu pergunto)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Turbilhão

Hoje está sendo um dia daqueles.
Daqueles em que a cabeça está tão cheia de coisas que o cérebro chega a falhar.
Daqueles em que mal se termina uma coisa já se tem outra para terminar.
Daqueles que você anseia por um minuto de paz.
Daqueles que nos deixa em tal estado de exaustão que muito provavelmente no fim do expediente você irá se jogar em algum lugar e descansar.
Essa última parte é que dá algum ânimo...
De certa forma, este está sendo um minuto de paz.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Fornalha

Abriram as portas do inferno e a fornalha tomou conta.
Deus do céu, que calor é esse?!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

CARNAVAL

Nessa onda de carnaval e postando relativamente mais tarde do que eu deveria, decidi compartilhar um texto do Cristóvão Tezza a respeito do Carnaval em Curitiba.
Achei engraçado e demonstra exatamente a realidade encontrada nesta cidade nessa época...

Segue o texto...

Carnaval em Curitiba
Cristovão Tezza
Lembro Jamil Snege, atrás da mesa, cigarro entre os dedos: "Carnaval em Curitiba? Não dá. O sujeito pula na rua, alegrinho, vem o guarda e prende!" Vendo de um certo jeito, é uma espécie de maldição esse carnaval — ou não-carnaval — na cidade. Temos até de nos explicar por escrito, como agora. Parece que carregamos a culpa pela falta de espírito carnavalesco, a vergonha do falso rebolado, essa triste ausência de brasilidade, quem sabe até falta de patriotismo! Quando o Brasil inteiro dança, nós aqui, naquele silêncio de missa, andando pelas ruas vazias, metendo o olho crítico no primeiro engraçadinho que sai por aí fazendo escândalo. Coisa de bêbados!
Nem as crianças se entusiasmam: uma terça-feira gorda no Parque Barigüi, que descanso! Parece que estamos passeando em Genebra num começo de primavera! Nenhuma máscara de pirata ou palhaço, nada de serpentina, nem um único confete no chão, naquelas trilhas onde o pessoal sério faz a firme corrida vespertina, bufando, como se não estivesse acontecendo nada no resto do Brasil. É uma coisa tão desenxabida, que quem defende o carnaval da cidade tem de fazê-lo aos gritos, em altos brados, tem de exigir atitude das autoridades, reclamar por leis mais severas, mandar requerimento aos vereadores! Ora, alguma coisa tem de ser feita contra esse crime, parecem dizer, contra essa terrível indiferença!
Bem, carnaval que precisa de lei ou regulamentação, que precisa de muito apoio, defesas apaixonadas para uma platéia apática ou apenas discretamente divertida, tem alguma coisa errada — ou não tem nada errado; apenas não existe. Parece que há uma incompatibilidade radical entre o espaço curitibano e a idéia de carnaval. Digo "espaço" porque, no período, uma horda imensa de curitibanos foge daqui, desabala-se sôfrega em filas intermináveis para descer ao litoral onde, apertada na multidão que enche calçadas, praias, restaurantes, bares, supermercados e apartamentos, passa quatro dias, às vezes sem água na torneira, reclamando da chuva. Ou os habitantes escapam para Floripa, para o Rio, escondem-se em Antonina, em qualquer lugar onde possam se divertir. Aqui, alguma coisa decididamente não combina.
E não é de hoje. A edição de O Paranaense, de 15 de fevereiro de 1880, ilustra-nos Wilson Martins, descrevia os "folguedos carnavalescos" como um desfile de "raras e desengraçadas figuras". Observe-se a finura crítica da expressão, nossa marca registrada: "desengraçadas figuras" — onde naufraga o carnaval, brilha a linguagem.
Há algumas surpresas. Anos atrás, fui pela primeira vez ao antigo Bar do Ermes em pleno carnaval: fregueses bebiam cerveja tranqüilos nas mesas espalhadas, como numa noite de outubro. Mas percebi um som ao fundo, algo que vinha dos subterrâneos, vibrava o chão, uma espécie de bate-estacas que se aproxima. Descobri a escada para o porão e naquele pequeno espaço sem ar, enfumaçado, como na Chicago da Lei Seca, vislumbrei uma multidão clandestina que pulava carnaval, acotovelando-se no escuro com serpentina e tudo, num calor infernal e transpirando alegria. O contraste entre aquele caldeirão nas trevas e a paz iluminada lá da terra me sugeriu uma manchete possível para a Tribuna do Paraná: "Polícia estoura ponto de carnaval em Curitiba!"
Tudo bem: não temos carnaval. Mas vejamos de outro modo: em vez de defeito, não seria esse um capital respeitável a ser mais bem-aproveitado? Uma importante cidade brasileira substancialmente avessa ao carnaval! São quatro ou cinco dias de silêncio, de grandes espaços vazios para caminhar — e toda a infra-estrutura de lazer sub-aproveitada, teatros fechados, cinemas às moscas. Calculem-se os milhares — talvez milhões — de brasileiros que, como eu, acham carnaval uma coisa aborrecida e que muitas vezes se submetem por absoluta falta do que fazer àqueles desfiles intermináveis e chatíssimos da rede Globo, oitocentas horas seguidas da mesma coisa, torturados por sambas-enredos idiotas e clonados ao infinito na alegria militarizada da avenida.
Pois esse povo sofrido e sem opção encontraria em Curitiba o seu paraíso! Quanta coisa poderia ser programada nesse período! Desde a versão hard — digamos, um Festival Internacional de Música Sacra ou um Concurso Nacional de Canto Gregoriano —, até opções mais suaves, como, quem sabe, Encontros de Jazz Instrumental, algo assim, ou uma boa Mostra do Cinema Escandinavo, etc. São muitas opções. O único cuidado deverá ser vetar expressamente manifestações de MPB, porque atrás delas sempre há o risco de um trio-elétrico aparecer e aí, bem, aí sai todo mundo correndo, acabou o carnaval curitibano e voltamos à estaca zero.
Cristovão Tezza (1952) é natural de Lages, Santa Catarina. Em 1961, a família se mudou para Curitiba, Paraná. Em 1968 passou a integrar o Centro Capela de Artes Populares (CECAP), dirigido por W. Rio Apa, com quem trabalhou até 1977. Ainda em 1968, também participa da primeira peça de Denise Stoklos, e no ano seguinte de duas montagens do grupo XPTO, dirigido por Ari Pára-Raio, sempre em Curitiba. Em 1970 concluiu o ensino médio no Colégio Estadual do Paraná. No ano seguinte, entrou para a Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (RJ), desligando-se em agosto do mesmo ano. Em dezembro de 1974, foi a Portugal estudar Letras na Universidade de Coimbra, matriculado pelo Convênio Luso-Brasileiro, mas como a universidade estava fechada pela Revolução dos Cravos, passou um ano perambulando pela Europa. Em janeiro de 1977, casou-se. Em 1984, mudou-se para Florianópolis (SC), onde trabalhou como professor de Língua Portuguesa da UFSC. Voltou a Curitiba em 1986, agora dando aulas na UFPR, onde leciona até hoje. Em 1988 publicou "Trapo" (Brasiliense), livro que tornou seu nome conhecido nacionalmente. Nos dez anos seguintes, publicou os romances "Aventuras provisórias" (Prêmio Petrobrás de Literatura)," Juliano Pavollini", "A suavidade do vento", "O fantasma da infância" e "Uma noite em Curitiba". Em 1998, seu romance "Breve espaço entre cor e sombra" (Rocco) foi contemplado com o Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional (melhor romance do ano); e "O fotógrafo" (Rocco), publicado em 2004, recebeu no ano seguinte o Prêmio da Academia Brasileira de Letras de melhor romance do ano e o Prêmio Bravo! de melhor obra.
Sua tese de doutorado (USP), "Entre a prosa e a poesia - Bakhtin e o formalismo russo", foi publicada em 2002 (Rocco). Também na área acadêmica, Cristovão Tezza escreveu dois livros didáticos em parceria com o lingüista Carlos Alberto Faraco (Prática de Texto e Oficina de Texto, editora Vozes), e nos últimos anos tem publicado eventualmente resenhas e textos críticos no jornal Folha de S.Paulo.
Em 2006, assinou contrato com a Editora Record, que começou a relançar sua obra. Em julho de 2007 foi publicado seu novo romance "O filho eterno", e foram reeditados, com novo projeto gráfico, seus romances "Trapo", "Aventuras provisórias" e "O fantasma da infância".

Texto publicado no "Caderno de Idéias", nº 8 - Curitiba, fevereiro de 2004.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

E eu chorei...

Se me fizestes chorar é porque tocastes lá em meu íntimo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Caminhada

A vida segue nos trazendo experiências novas e permitindo a repetição de antigas.
Existem os momentos de fracasso e os momentos de glória. Momentos de erros e acertos. Momentos...
Sozinhos ou acompanhados estamos sempre vivendo. Podendo ser de uma maneira participativa ou não.
O fato é que se trata da caminhada mais complexa e multifacetada.
Dependendo das pessoas que encontramos durante a caminhada ela se torna mais interessante, alegre e escolhemos caminhar juntos. Porque, separadas as pessoas, os passos seguem, mas sem o mesmo sabor.
Essas pessoas que realmente fazem a diferença e trazem maior brilho à caminhada devem ser valorizadas sempre.
Tenho várias dessas pessoas especiais comigo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Golpe

Olá blogueiros de plantão! ;-)

Quase fui vítima de um golpe hoje...

Para aqueles que fazem anúncios na LISTEL, aviso que estão telefonando aos clientes e dizendo que os boletos enviados por correio foram cancelados e que vão mandar os boletos com códigos corretos via email devendo ser desconsiderados os outros. Trata-se de variações do golpe do contrato enviado por fax e outros...

A empresa que faz isso é a PUBLICC DO BRASIL TELECOMUNICAÇÕES E COBRANÇA LTDA - EPP CNPJ 08.259.297/0001-16.

Em uma rápida pesquisa no google encontrei vários fóruns com depoimentos de pessoas que foram prejudicadas por tal golpe. Empresas que tiveram o nome inscrito no serasa sofreram prejuízos por conta disso.

Não sei se esse post é útil, mas de qualquer forma quis fazê-lo.

Abraços

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ideal

Se sentir perdido/fora de prumo...é normal. Mas, somente se forem momentos.
Na maior parte do tempo saber o que se faz é certo. Saber qual é o seu objetivo de vida é o ideal.
Ocorre que nem sempre é assim.

Neste ano peço definições: profissional, pricipalmente.